domingo, 23 de outubro de 2011

Apenas por um lado da moeda

Domingo 23:16 Conviver é uma palavra tão oca para o sentido, que deveria ser sinônimo de sobreviver. Conviver é tentar sobreviver aos pré-suicídios alheios. Por favor! Qual é a lei que diz sermos obrigados a administrar nossas loucuras e ainda ser calma com as dos outros loucos? Aqui realmente tem um bando de insanos.
Se alguém me disser que estou lamentando, eu diria: estou mesmo! E nem venham com essa história de melancolia, que não dá! Só estou desabafando a realidade, coisa que todos fazem constantemente. Sem hipocrisia, por favor. Minha nossa, como estou cansada disto!
E lá vamos nós para o papinho de ser uma boa ouvinte, tentar ajudar os outros com problemas insólidos, deixar passar showzinhos particulares e não esquecer de ser a mais equilibrada da face da Terra. Blá blá blá whiskas sachê! Mas não fiquem aflitos, quem sempre é tranquilo, será cobrado eternamente. Se você é do tipo de “boa na lagoa”, nem pense em sair dessa linha, amigo. Vai se dar mal! Todos vão te achar o mais desequilibrado e errado dos indivíduos por mudar de humor uma vez se quer. Isso não é meio contraditório? Será que o melhor não é ser um “motherfucker”, que não pensa em ninguém e fala palavrão “pra caralho”?
Já que estamos falando de problemas alheios que nos afetam, que tal os bipolares? Ah, esses são os mais queridos. Te fazem de gato e sapato, mudam de ideia a cada meio segundo e esquecem de avisar. Lembra daquela terça que voltou mais cedo, só para passar um tempo junto da pessoa? É, naquele dia ela não estava feliz – sabe-se lá por que cargas d’agua – e te tratou como um cachorro. Fora as diversas crises existenciais que duram 8 milésimos de segundo, seguidas de pequenas duas lágrimas no canto do olho esquerdo. Para completar o pacote, nunca prestam atenção em seus problemas, mas exigem que você seja estritamente fiel a todas as suas babaquices. Você nunca tem direito de ficar chateado, porque elas sempre se penduram na desculpa de terem esse pequeno deslize de comportamento. São pessoas fantásticas! Vivem mudando de feições (parecem o Mr. Bean), além de serem imprevisíveis. Meu amigo, se você conhece alguém assim, desejo-lhe sorte! A intenção deste texto foi encher o ouvido de vocês com as minhas indignações, acarretadas por problemas alheios (ou seja, que não são meus). Acho injusto esse tipo de coisa, pois meu ouvido não é penico! Então resolvi me vingar, fazendo o mesmo com vocês. Sou má. Fim. Rafa Bernardino

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

É que agora está chovendo Uma chuva sem vento E há meia hora ventava Vamos fugir pra dentro Há meia hora ventava E tínhamos coragem E eu já tô cansado De não gostar de mim. A Orelha de Eurídice - Cazuza

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"É como se ele tivesse a sugado. Como se a tivesse tirado toda a vida. Ela estava apaixonada, por Deus, quem nunca se apaixonou? Ela disse que não merecia. E não merecia mesmo. O que poderia acontecer para que sofresse tanto? Vejo-a em frangalhos. Perdida em sua dor, perdida em seus devaneios. " - Rafa Bernardino

terça-feira, 13 de setembro de 2011

" Não posso fazer mais do que tentar viver segundo a minha própria interpretação da presente significação da minha experiência, e tentar dar aos outros permissão e a liberdade de desenvolverem a sua própria liberdade interior para que possam atingir uma interpretação significativa da sua própria experiência." Carl Rogers 1980

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Espere-me

Espero. Espero porque acredito em algo. Não sei o que é. Todos esperam, sempre. Esperam ser felizes, esperam encontrar alguém que os complete, esperam aprendem outras línguas, esperam ficar mais cultos, mais seguros, mais ricos, mais experientes. Todos esperam.
Você também espera. Mesmo se houver as maiores das desgraças, esperarás por seu fim. Esperará pelo fim do sofrimento, ou esperará pelo seu próprio fim. Indifere. Você vai sempre esperar. Eu vou sempre esperar. Nós vamos sempre esperar.
Nossas vidas serão eternas esperas.
Rafa Bernardino

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha covardia."
Livro do Desassossego - Fernando Pessoa

terça-feira, 14 de junho de 2011

Nunca fui santa

Nunca Fui Santa e sou apaixonado por mulheres - não é discordância de gênero - nunca vi alguém com Madonna, mas me disseram que existe. Durante a pesquisa também me falaram de Amore Mio, que seria rosa, um ícone em se tratando de beleza. Não o encontrei. Entre idas e vindas também me apresentaram os sete pecados capitais. A inspiração da marca para criar a coleção veio sem conotação negativa, partiu daqueles mesmos determinados por alguém e que são bastantes triviais: ira, gula, inveja, orgulho, avareza, luxúria e preguiça. No objeto da pesquisa, entretanto, eles estão acompanhados de uma figura de linguagem fantástica. Não é o pleonasmo, nem metáfora, catacrase ou a hipérbole. Qual é mesmo a figura? Lembra feminismo.
O leitor, se interessado, pode fazer o favor de jogar no Google a seguinte pesquisa: figura de linguagem que serve para suavisar ideias, cuja grafia lembra eufemismo. Isto! Salve o Google. Eufemismo. A figura de linguagem que suaviza ideias. Boa aplicação o reuso linguístico teve para os pecados capitais. Chama a atenção, citemos alguns, três, para ser matemático: Doce Orgulho, Santa Gula e Preguicinha. Então o marketing será válido: a ideia foi da Colorama! Ou Risqué? Não sei exatamente. Logo, cabe o marketing às duas marcas mais comuns no Brasil. Ao menos no meu entendimento.
Curiosidade a parte, gostaria de entender a brilhante cabeça de quem pensa os nomes dos esmaltes. Quem pensou em Nunca Fui Santa? Quem quis chamar o impactante Rasteirinha dessa forma? São mentes fantásticas. Provavelmente, as mesmas que elaboraram uma reunião para inventar a vilã acetona. Vilã é uma pinoia! Ela serve única e exclusivamente como estímulo ao comércio e às vendas. Sim! A acetona tira das mãos das mulheres de belos corpos a tintura gasta e permite que uma nova dosagem embeleze novamente as unhas dos dedos das mãos das belas mulheres de corpos estonteantes.
Cigarrete, Cintura-baixa, Rebú, Ti-ti-ti, Samba Juliana, 5ª Avenida, Paris e seguem as maravilhas. Por que não Chama? Por que não uma pintura francezinha? Já experimentou 40 Graus? O brilho dos cintilantes? Tudo por um motivo somente: o embelezamento das unhas dos dedos de belas mãos das mulheres de corpos estonteantes. Há quem diga que o esmalte seja sinônimo de humor. A cor preta deflagra que nós homens não devemos nos aproximar delas. Agora entendo.
A arquitetônica forma como as mulheres cuidam de suas unhas, e porque choram quando ela se parte são dignos do nosso entendimento. É mais do que a dor, é uma perda. Tudo bem que é reparável, mas leva algum tempo, principalmente se a arquiteta não usa a essencialíssima, inenusável - essa palavra não existe, mas faz referência a algo que não pode ser inútil - Pasmem! Sempre tem alguma putrefação nos meus pensamentos - base! Ela não pode estar fora do estojo de esmaltes. E geralmente é ela quem inicia a esmaltação. Vejam que universo, o processo tem designação própria, esmaltação. O mini dicionário Houaiss da editora Objetiva não esclarece que esmaltação é uma arte. Deveria. O programa Word me parece tão desinformado quanto o dicionário, colocando as linhas curvas vermelhas abaixo de palavra como se estivesse errada. Paciência! Linguagem é fixação. Esmaltação, esmaltação, esmaltação.
Encaminhemo-nos aos por fins. O momento em que você suspira, olha para as suas unhas e admira a sua obra ou a arte que a sua manicure produziu. Aproveitando o ensejo, um grande beijo às manicures, seu trabalho é magnífico. Ou, olha para as unhas e toma a iniciativa de fazê-las. Isso porque você não é mais uma entre as outras. Porque você é bela. Sugestão para hoje: Tapete Vermelho. Porque é sobre eles que você pisará com suas belas unhas, nas suas ricas mãos, de seu belo corpo, maravilhosa mulher.
Nícolas David. ( Espaço dedicado ao Filósofo, Jornalista, Pensador e meu amigão! ).

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Que negócio é esse?

'' Todo mundo gosta de um drama. Todo mundo quer, um dia, ser desprezado. Você também quer sofrer, também quer ter direito à lamentar. Queres dizer que tem problemas na vida só para terem dó de você. Todos querem atenção, todos querem holofotes em si. Todos querem sofrer para ter o que dizer, para ter o que justificar. Ser feliz hoje é inaceitável. Você nunca sofreu? Coitado, alienado. ''
Rafa Bernardino.

domingo, 29 de maio de 2011

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
Caio Fernando Abreu.

domingo, 22 de maio de 2011

Exortação e Advertência
Não te gripes, amiga, não te gripes, que esse tipo de febre não convém, e do amor os sublimes acepipes só noutro fogo se cozinham bem. Poesia Errante - Carlos Drummond de Andrade.

sábado, 14 de maio de 2011

‘’ Uma criança pode contorná-la. As mãos se tornam inúteis, esfolam-se pelas paredes. Eu amei o sangue desde que provei o seu. O mundo passa pela minha cabeça, mas não é o céu, é claro. Não lembro de mais nada. Ah, como fui jovem um dia! Ela estava quente. Foi então que eu saí da maldade. Parei de gritar. Eles disseram que eu era razoável. Pessoas passam pela ponte. De longe, não são ninguém. Estou na rua, no meio das pessoas. Catorze anos se passaram. Até das mãos dele eu mal me lembro. A dor eu lembro um pouco. De tudo. De nada. Pensarei nesta história como o horror do pensamento. Tenho certeza. Você pensa que sabe, mas não. Nunca... Eu encontro você. Lembro-me de você. Esta cidade foi feita para o amor. Você foi feito na medida do meu corpo. Quem é você? Você está me matando. Eu tinha fome. Fome de infidelidade, de adultério, de mentiras e de morrer. Desde sempre. Eu sabia que um dia você cairia sobre mim. Eu o esperava com impaciência sem limite. Calmamente. Devore-me. Deforme-me à sua imagem, para que ninguém, depois, possa entender o porquê de tamanho desejo. Nós ficaremos sozinhos. A noite não acabará. O dia não nascerá mais para ninguém. Nunca. Nunca mais. Enfim. Você ainda está me matando. Você me faz bem. Prantearemos o dia morto com consciência e boa vontade. Não teremos mais nada há fazer senão prantear o dia morto. O tempo passará, o tempo somente. E virá o tempo em que não saberemos dar nome ao que nos unirá. O nome se apagará aos poucos de nossa memória depois desaparecerá por completo. ‘’ Hiroshima Meu Amor - Alain Resnais
''Sway me, make me, thrill me, hold me, bend me, ease me...'' Sway - Pussycat Dolls

domingo, 8 de maio de 2011

''(...)On me dit que le destin se moque bien de nous, Qu'il ne nous donne rien, et qu'il nous promet tout, Paraît que le bonheur est à portée de main, Alors on tend la main et on se retrouve fou...''
Quelqu'un M'a Dit - Carla Bruni

terça-feira, 3 de maio de 2011

Arraste-se consigo. Pegue isto que lhe aflige e devore. Morda. Mate. Leve o resto de tarde que ainda existe. Traga-se do abismo, amigo. Rafa Bernardino

sábado, 30 de abril de 2011

Canção da Juventude

''Dizíamos palavras tão secas. Apesar de que, tudo o que queríamos era compartilhar simples sentimentos. O agradável vento que sopra através do hoje, está abandonando as ruínas do ontem. E agora, posso viver ao seu lado sorrindo.
Entretanto, aquele incidente ainda lhe atormenta, não é? E este é o motivo disto ser um adeus.
Assim, tentaremos culpar um ao outro.. Até que nada mais nos reste. Para então percebermos que aquilo era tudo o que tínhamos. A tristeza fluirá por nossos rostos formando um rio de lágrimas. E hesitantes sentimentos se tornarão fortes desejos que se dissolvirão(...)''
Seishun Kyousoukyoku - Sambomaster

quarta-feira, 27 de abril de 2011

''Os aviões voam,as aves também.Os suicidas se matam,os mosquitos mordem.Os padres enchem,os nadadores nadam e os motoristas dirigem.Raul Seixas canta,Zé Ramalho também.E nós?Nós fizemos um pouquinho disso todos os dias,se persarmos bem...''
Nícolas David
(Menos um coma alcoolico)

domingo, 24 de abril de 2011

Sentou-se naquele espaço azul.Ali havia de sair uma decisão.Sua face já estava cansada de ser enxugada.As lágrimas insistiam em despencar.
Evitava ao máximo pensar,mas toda vez que o nome passava pela mente,seu estômago agitava de nervoso,os pensamentos voltavam ao desespero.Puxava-se do abismo o tempo inteiro.O tempo inteiro...um tormento.
Maldita hora que resolveu tentar conversar.O silêncio estava a trucidando.Só ouviu o que não queria,as magoas pareciam surgir em escalas avassaladoras.A ferida que ainda estava exposta,fora liquidada.Pisada.A dor foi geral.O tombo foi alto.Pesado.
Lânguida face.Era mesmo um pesadelo.A angústia não passava de nenhuma forma.Sufocava-se.Esquecia de colocar ar em seus pulmões.O sorriso antes tão comum,agora, de todas as formas lhe parecia brutalmente falso.Não possuía felicidade alguma,nenhuma que fosse.A pouca que restara fora esfaqueada com cautela.Só existia incredulidade e um começo de conformismo.
Tempo.Senhor de destinos.Encurralada,teria de colocar a cabeça no lugar.Sabia de maneira clara,que,se tentasse parar e resolver friamente a situação,não haveria volta.No entanto,ainda lhe apetecia um fio de esperança.Em vão,não teria mais o que discutir.Estava tomada a decisão unitária.Era papel dela aceitar.
De qualquer maneira,suas feridas seriam curadas,nem que fossem a costuras.
Diante daquela imensidão azul tomou sua posição.Aceitaria.Calaria.Como era costume em seu feitio.Seria egoísta,pensaria apenas naquilo que a confortaria.
Esqueceria tudo.Não importava o que os outros falassem,aconselhando a não fazê-lo.Podiam chamar do que quisessem.Até mesmo ele poderia prever o que lhe viesse.Era o momento de ser sábia.Era o momento de não se pregar.Sem carne,sem passado.
Sentia-se bem agora.
Rafa Bernardino

quarta-feira, 20 de abril de 2011

''(...)Talvez esse sítio não exista. Talvez seja eu quem não faz falta. Não sei. Neste momento, tudo é escuridão e procuro uma luz. Em vão? Não sei. Diz-me tu.'' Rafa Bernardino

Oração ao Tempo - Caetano Veloso

''És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo tempo tempo tempo Vou te fazer um pedido Tempo tempo tempo tempo... Compositor de destinos Tambor de todos os rítmos Tempo tempo tempo tempo Entro num acordo contigo Tempo tempo tempo tempo.

Por seres tão inventivo E pareceres contínuo Tempo tempo tempo tempo És um dos deuses mais lindos Tempo tempo tempo tempo.

(...)Peço-te o prazer legítimo E o movimento preciso Tempo tempo tempo tempo Quando o tempo for propício Tempo tempo tempo tempo... ''

Rafa Bernardino

terça-feira, 19 de abril de 2011

"(...) O que mais me intriga e dói na nossa morte, como vemos na dos outros, é que nada se perturba com ela na vida normal do mundo. Mesmo que sejas uma personagem histórica, tudo entra de novo na rotina como se nem tivesses existido. O que mais podem fazer-te é tomar nota do acontecimento e recomeçar. Quando morre um teu amigo ou conhecido, a vida continua natural como se quem existisse para morrer fosses só tu. Porque tudo converge para ti, em quem tudo existe, e assim te inquieta a certeza de que o universo morrerá contigo. Mas não morre. Repara no que acontece com a morte dos outros e ficas a saber que o universo se está nas tintas para que morras ou não. E isso é que é incompreensível - morrer tudo com a tua morte e tudo ficar perfeitamente na mesma. Tudo isto tem significado para o teu presente. Mas recua duzentos anos e verás que nada disto tem já significado. " Vergílio Ferreira em 'Escrever'. Blog ''Da Inquietude'' - Pedro Rapoula.
Rafa Bernardino

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sinto-me tão oca.Sinto-me tão carregada.Tudo. Rafa Bernardino

domingo, 17 de abril de 2011

Minha mente está tão vazia.Não tenho vontade de fazer nada.Quero dormir,mas isso desgasta tanto.Não consigo fechar os olhos sem pensar.Eles estão doendo.Não quero mais remoer,não quero pensar.não quero.Deixe-me viver.Estou agonizando.Não consigo ser a mesma.O que fiz de errado?Por que me abandonou?Tudo se desfez sem cortesia,eu não existo mais.
Nunca estive pior.

Rafa Bernardino

sábado, 2 de abril de 2011

Também quero ser vaporizada.Desaparecer como se nunca tivesse existido.Conseguem imaginar isso?Sumir.Seus ossos viraram pó.Suas palavras foram perdidas para sempre.Nem os seus pais lembrarão de você.Nada vai restar.Nada. Sabe,até hoje nunca tive um momento de extrema insanidade.Aqueles momentos em que realmente não temos mais perspectivas,em que morremos e depois voltamos.Do inferno ao céu.Do céu ao inferno.Tenho medo do futuro.Não gosto de certas projeções.Quanto mais os anos passam,menos os vejo.Vocês tem a mesma sensação?Nossa,como eles escapam cada dia mais rápido.Parece uma chuva de verão.Começa do nada,devagar,sorrateira até virar uma tempestade,um caos.De repente acalma numa mansidão quase palpável.E some.Morre.Que droga,quero tocá-la!
Não estou falando de assunto algum.Chega de previsões.Escrevo ao leo,sem caminhos,sem rumos,não estou ligando para as regras.Pelo menos aqui. Quero rasgar algo.O tempo passa rápido.Agonia-me muitas vezes.Não sei se faço o certo.Não sei se estou me sabotando.Estou me enganando.Desespero-me por não saber minhas próprias respostas.Até onde vai meu auto-conhecimento?Ah,que engraçado.Nem isso sei.
É senhores,o tempo escorre e não sei nada de mim.
Tenho uma venda em meus olhos.Meu futuro está por trás dela.Debato-me por ter que aceitar,não posso vê-lo!Mas que bela injustiça.É algo à meu respeito,devia saber.Sou cega.Minhas ações estão em um vendaval.Não sei que direção as coisas vieram,mas vieram.Todas embrulhadas em um pacote.Estou com ele na mão e simplesmente não sei.Não sei se tenho isso em meus pensamentos.Não sei se idealizei uma personalidade que não existe em mim.Que,na verdade,nunca há possuí.Minha própria ideologia corrompeu-me?É fácil tangenciar o que queremos.O difícil é olhá-lo de frente e saber que é exatamente aquilo que queremos.
Quero tocá-la.Droga.
Rafa Bernardino

domingo, 13 de março de 2011

As vezes dá vontade de controlar a mente alheia.Sabe todas aquelas coisas que você pensa durante horas,mas que podem ser ambiguas?Então,certeza que a pessoa vai entender exatamente da maneira na qual queria que não compreendesse. Deve ser esse o motivo para tantos e tantas não se abrirem.Pra quê?A partir do momento que suas palavras estão ao vento não há mais nada que possa ser feito.A não ser esperar a leitura -torcendo que seja interpretada certa - da máquina pensante alheia.Pode coisa mais injusta? Eu fico aqui e ali.Penso e entendo o que quero dizer.Por que as outras pessoas não!?Ah,não quero mais brincar disso. Você entendeu o que quis dizer,né?! Rafa Bernardino

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O destino realmente está de sacanagem.
O que será que ele anda planejando,em?Quer confrontar o quê?Quem?
O meu problema é observar demais.Penso demais.Ruim.
Sinto-me como Lancelote!Não quero ser colocada a prova de novo.
O laço talvez não esteja tão preso pra aguentar dessa vez.E definitivamente não estou disposta a testar.
Salve-se.Por favor.
Rafa Bernardino
Não tem aqueles momentos em que não sabemos o que pensar?
Estou nesse momento.Ótimo!Eu só queria uma resposta certa.
Rafa Bernardino