quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ócio do tempo.

As vezes fico a pensar,porque as coisas são assim?Olhando a rua, algo entristesse.Pessoas com seus enormes bolos de papéis na mão,com seus passos apressados,não ousam olhar para os lados.Sempre com aquele andar rápido.Imitam os outros no modo automático,sem nem mesmo estar com presa.Entretanto,alguém quer ficar para trás?É fato,a época moderna corrói tudo.E o tempo,absorve.
Permito-me comparar com um rio de água calmas.Tudo é leve na parte superior,mais quente,tendo vida e cores.Quando se dirige para as profundezas,torna-se gélido,com pouca biodiversidade e nada que chame atenção.É assim,o tempo que se vive hoje.Superficialmente inútil,com suas exigências macabras,apesar de aparentar leveza e liberdade.Tudo ilusório.Muito controverso dos anos que já se foram.Aqueles onde ''Maria'' era um nome diferente,que mulheres de calça eram rebeldes,que Plutão era um planeta,que cartas eram meios de se comunicar,que os cabelos tinham algo de natural,que festas eram bailes de máscaras e que se podia dormir com a janela destrancada.O tempo em que o superficial estava longe do ideal.
Meu enorme questionamento sobre o ''clic clic'' do relógio está obsoleto.Já passam de uma hora que se cria filosofia nessas linhas.Durante esse período,nasceram e morreram pessoas,sem dúvidas.E também,o homem que estava aqui na rua próxima,pendurou a bandeira para a copa.Quando comecei este texto,ela não estava ali.Por um momento,tudo agora é desesperador.Possuia absolutamente mais células jovens e meu ''futuro passado'' estava definitivamente mais distante.
E por fim,fica-se nesse ócio.As pessoas continuam apressadas e iguais as profundezas do rio.Ou igual ao homem que pendurou a bandeira.Nessa época de hoje,que tudo parece bom,que tudo parece profundo.Todavia,é tão rente que dá aflição.O tempo continua,vai passando por todos.Profundo ou supercial,ele passeia devagar entre a massa.A cada dia,a cada hora,a cada minuto,segundo,miléssimo....
Rafa Bernardino.